O ex-presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Preto, Walter Gomes de Oliveira, obteve um importante avanço judicial ao conseguir derrubar as medidas cautelares que lhe foram impostas pela Justiça. Agora, ele poderá viajar sem a necessidade de autorização judicial.

Walter Gomes foi condenado a 17 anos de reclusão em decorrência de crimes apurados pela Polícia Federal e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), durante a Operação Sevandija. O ex-vereador, que chegou a ser preso, encontra-se em liberdade desde agosto de 2018. Naquela ocasião, um habeas corpus concedido ao réu levou em consideração o excesso de prazo na prisão preventiva de outros envolvidos na mesma operação.

A Justiça havia imposto uma série de medidas cautelares a Gomes, incluindo a proibição de se ausentar da comarca, recolhimento domiciliar noturno entre 20h e 6h, monitoramento eletrônico e a entrega do passaporte. No entanto, essas restrições foram cassadas após um pedido da defesa do ex-vereador, que argumentou que ele estava em situação semelhante à do ex-superintendente da Coderp, Davi Cury, que também foi preso e teve suas medidas cautelares revogadas.

Na última terça-feira (22), o ministro Rogério Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), analisou o pedido e concordou com a defesa de Walter Gomes, citando que a situação era idêntica ao acórdão que favoreceu Davi Cury. Com essa decisão, Gomes agora pode desfrutar de mais liberdade enquanto ainda nega qualquer envolvimento nos crimes investigados pela operação.